Mesmo quando encontramos a atividade física certa as tentações e as influências para desistir são muitas.
As pessoas sedentárias e “semissedentárias” o são porque não faz parte da nossa cultura cuidar da saúde.
Por isso, a falta de tempo vem como primeiro álibi fútil para não exercitar-se tendo como consequência a desmotivação mesmo sabendo que praticar qualquer atividade física seria muito bom para a saúde.
Motivação, ação e movimento, percepção e aprendizagem, são consideradas a base do comportamento humano e serve para tudo na vida.
Fazer atividade física não faz parte da cultura de muitos países, mas faz da essência humana porque a criança nasce, rola, levanta a cabeça, fica de quatro, engatinha, fica de pé, anda, corre, cai, levanta, sobe no sofá, cai de novo, salta e arremessa experimentando todo tipo de movimento.
Se ela for estimulada a brincar continuará a gostar de fazer atividade física, desde o nascimento.
Os pais ficam sempre orgulhosos com suas crias querendo ver logo os pequenos andando e correndo de um lado para o outro, mas são os primeiros também a cortar esse gosto confinando-os nos apartamentos dando-lhes supostamente tudo do bom e do melhor desde que não saiam de casa.
Alguns pais cortam até mais cedo os colocando dentro daqueles famigerados cercados por puro comodismo sob alegação de que a criança vai “encher o saco” ou enchem a boca dizendo que estão fazendo isso em nome da segurança justamente quando os pequenos mais precisam de espaço para desenvolver os movimentos mais refinados, a noção espacial e o equilíbrio.
Se os pais são sedentários não se espera que os filhos venham desenvolver o gosto pela atividade física simplesmente porque já falta o exemplo dentro de casa, a menos que na escola tenha a sorte de encontrar bons educadores que despertem a motivação e o gosto pelo exercício físico.
A motivação passa também por etapas ladeadas por anjinhos e diabinhos nos ouvidos da gente.
Primeiro vem uma pré-contemplação, etapa onde o sujeito teve de alguma forma contato com a atividade física, mas não incorporou na rotina diária.
Nesse momento os diabinhos têm as suas chances sussurrando: - Deixa de ser bobo! Exercício não serve pra nada! Do outro lado os anjinhos o incentiva: - Viu como você se sentiu bem depois do exercício? Faz de novo!
Os anjinhos vencendo, a segunda etapa seria uma contemplação efetiva. Embora o sujeito não esteja convencido já faz planos de mudança.
Os diabinhos ficam lá esperando qualquer descuido para atazanar o juízo.
- Deixa de ser bobo! Se exercício fosse bom os médicos também faziam. Os anjinhos estão de prontidão: - São só alguns médicos que não fazem, mas todos recomendam!
Na terceira etapa o sujeito começa a mudar a sua rotina para não faltar mais aos treinamentos fortalecendo os anjinhos.
Nessa etapa os compromissos são marcados inicialmente fora dos dias e/ou hora da ginástica embora os diabinhos ainda tenham alguma chance de reverter essa batalha.
A quarta etapa é quando o sujeito já decidiu mudar para melhor a rotina do dia a dia e o seu comportamento perante a atividade física.
Embora os anjinhos estejam ganhando porque o sujeito já experimenta a sensação de prazer proporcionada pelas endorfinas que o exercício libera no corpo os diabinhos ainda têm chances na presença de uma gripe ou dias chuvosas. - Ta vendo? Você ficou gripado por causa do exercício! Você já faltou ontem, fica na cama hoje também.
Diabinhos e anjinhos estão o tempo todo perto da gente e mesmo os surdos só ouvem o que querem.
Quem quer arranja meio, quem não quer arranja desculpa.
Pense nisso!
Para Refletir: É melhor se arrepender de ter feito do que não ter pelo menos tentado. No caso da ginástica isso nunca acontece.
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