Qualidade de Vida

Quando lemos ou ouvimos o termo Qualidade de Vida, pensamos logo numa pessoa magra e elegante correndo pela praia e um prato de comida bonito, como um filé de frango grelhado com legumes.

A partir disso, olhamos para nós e pensamos: - Não é para mim.

E logo desistimos de ter um estilo de vida diferente ou mudar a alimentação e os hábitos do nosso cotidiano, pois acreditamos que nunca conseguiremos comer apenas, alimentos saudáveis e fazer atividades físicas.

Ter qualidade de vida, no entanto não é apenas isso, é muito mais. É ser feliz, saudável e sem problemas. E quem não quer uma vida assim?

Para que isso ocorra, é necessário promover mudanças das mais variadas, e mudar é algo trabalhoso. No entanto, se quisermos realmente ser feliz, saudável, sem problemas e ter uma vida de, e com qualidade, deveremos transformar tudo.

Serão necessários: trabalho, mudanças, persistência e muita, mas muita paciência.

Lemos e vemos diariamente a respeito dos doentes neste país, dos inúmeros problemas das cidades, das pessoas e da infelicidade geral, tudo isso denota a falta de uma vida de qualidade.

Todos querem ser feliz, mas não querem lutar para isso. Todos querem se livrar dos problemas, mas não querem encará-los, todos querem saúde, mas não querem deixar de comer e de ter maus hábitos. Assim será impossível ter uma vida longa, saudável, feliz e sem problemas.

Como eu acredito que todos, sem exceção querem uma vida longa, feliz e saudável, precisamos começar agora as mudanças necessárias para isso.

Somos seres complexos e para atingirmos uma qualidade de vida completa serão necessários alguns ingredientes.

A saúde física, a saúde emocional, a saúde mental e a saúde espiritual, equilibradas é uma meta importante para se alcançar a felicidade.

A saúde física resulta de uma boa alimentação, exercícios físicos, sono tranqüilo, hábitos saudáveis e ausência de vícios – como a bebida, o cigarro e as drogas – cuidar da respiração, relaxar e fazer algo que dê prazer, sem que prejudique o físico.

De que adianta ser uma pessoa que come mal e abusa de tudo o que não serve para o organismo, se ela vive doente, tomando remédios? Busca a cura dos seus males e nunca se cura efetivamente, apenas mascara os sintomas.

A saúde emocional deve ser cultivada através do bom humor, de hábitos alegres, a companhia de pessoas agradáveis, de freqüentar lugares bonitos, de manter a sua casa e o seu ambiente de trabalho harmonioso.

Quantas pessoas vivem com depressão, infelizes, estressadas, ansiosas, com angústia, medo e com sentimento de inferioridade? São doentes emocionais que buscam nos medicamentos, de tarja preta, a solução para os seus males.

A saúde mental é construída a partir de boa leitura, de ouvir música agradável, de assistir programas educativos e que levem a raciocinar e pensar, a argumentar ao invés de discutir, utilizar a mente é viver amparado pelo bom senso.

E as pessoas que vivem pensando e falando mal dos outros e de si mesmo? Só pensam nas dificuldades da vida, nos problemas da cidade, do país e do mundo. Pessimistas ao extremo, não acreditam na melhora do mundo, nem das pessoas, que dirá de si mesma. Possuem a saúde mental comprometida.

A saúde espiritual deve ser formada, sempre mesmo que sem vínculos religiosos, pois a fé independe de qualquer dogma ou rito, acreditar numa força maior que nos conduz e nos faz amar, perdoar, ser feliz, sorrir. Cultivar os valores éticos.

Os ateus, os descrentes, os displicentes – só rezam ou pedem ajuda quando estão em apuros -, ou os que se julgam os escolhidos, os fanáticos e possuidores da verdade que decoram as escrituras sagradas, porém não vive um só preceito. A saúde espiritual também está abalada.

Portanto, ter qualidade de vida, não é apenas comer bem e fazer exercícios físicos, pois conheço inúmeras pessoas que só fazem isso e são doentes emocionais, mentais e espirituais.

Pense nisso e escolha o que quer para a sua vida.

Cármen Mírio